O tempo vai passando

E com isso, as coisas vão se assentando.

Eu ainda não tenho a motivação de antes para continuar.
Não tenho mais felicidade espontânea de antes.
Sabe, quando vem aquela lembrança que fazia rir sem motivo.
Quando ela aparece, vem a tristeza.
Por sorte, ela vem aparecendo cada vez menos em minha mente.
Não há muito o que se fazer. As vezes, me sinto como um cão correndo atrás do próprio rabo.

Dê tempo ao tempo é o que dizem.
Bem, o tempo vem sendo dado.
Só não sei por quanto tempo.

Uma hora isso passará?

É o que todos me dizem.
Uma hora passará, deixa rolar.

Estou deixando, tá rolando. Mas não passa.
O envolvimento foi grande demais.
Deixei me envolver por completo.
Deixei fazer parte do meu mundo.
Dos meus lugares, dos meus hábitos, em tudo.

Mudar hábitos é difícil.
É demorado, complicado.

Uma hora isso passará, certo?

As perguntas intermináveis

Os finais de semana, sempre são um período de muitas lembranças.
As coisas que se faz, se vê... Mas as mudanças de hábito acontecem e mudam as coisas.

A situação começa a melhorar, até que os parentes te visitam e vem aquela pergunta.
"Cadê a namorada?"

Eu nunca fui de apresentar meus casos aos meus familiares. Nem aos meus amigos e amigas mais chegados.
Sempre fui o sem par. Mas eu me entreguei tanto a esse amor, a essa relação, que apresentei à todos, inclui em meus hábitos, nos meus lugares prediletos, nas minhas zonas de escape.

Fica a lição e a certeza de que não se deve se entregar tão intensamente a uma relação.
Não se deve confiar nem acreditar por completo. Nunca.

Por essas e outras, fica difícil de esquecer e melhorar.

Malditos sonhos

Eu nunca fui muito de sonhar.
Isso era um fato raro, eu até meio que ria de pessoas que sonhavam em demasia. Ela por exemplo.
Muitas vezes, achava até que era mentira tamanha a quantidade de sonhos de tanta gente, os dela eu nunca duvidei e quase sempre ela me contava.

Bem, nos últimos dias eu tenho sonhado bastante e adivinhem com que?

Exato. Com ela.

E o mais estranho, eu somente lembro de ela me dizendo "obrigado amor".

Não lembro de mais nada do que acontece nos sonhos.
Só me lembro dessa maldita frase quando acordo.
Acho que é a quarta vez seguida que isso acontece.
Até comentei com uma amiga sobre isso.

Hoje é dia da mulher. Mais um maldito dia onde devo evitar redes sociais.
Pois, eu era babaca e por ser babaca já sabe o que a maldita rede social vai fazer questão de me lembrar, certo?

Volta as aulas...

E após a luta para sobreviver ao carnaval, eis que voltamos as aulas...

Bem, não é aula tradicional. É aula, mas somente aos sábados.
E aí mora o problema. Fazíamos esse maldito curso juntos.
Então, ao ir para lá, a mente começa a formular memórias que não deveria e com isso todo o psicológico que havia começado a se firmar é desmoronado.

Daí você coloca música para ouvir, joga algo no celular mesmo sendo pouco mais de 7h de um sábado... Procura alguma distração para a mente se manter ocupada.
Mente vazia já sabe, né?

Mas o pior é a volta, pois a volta SEMPRE era junto. Raríssimas vezes não voltávamos juntos.
A desgraça começa desde a espera do transporte até o caminho que o maldito faz.

Eu queria não ter memória. Até para escrever sobre é difícil, a tristeza já toma conta.
Será que só eu sinto isso?

Resistir

A vontade de fazer contanto é imensa.
Tenho resistido a essa vontade.

Eu sinto uma vontade absurda de falar.
Amigas, dizem para não procurar.

Eu tenho mais de um milhão de coisas pra falar.
Mas eu consigo organizar meus pensamentos e dizer.
Não consigo conter meus sentimentos.
Me envolvi demais.

Árdua batalha

Sobrevivi ao carnaval e todos os efeitos que ele produz.

Evitando acesso à rede social do Zuckerberg, pois ela tem o dom de trazer sempre as lembranças mais difíceis de serem ignoradas e superadas.

Foi nesse período que tudo começou, onde há fotos, declarações, viagens. Onde não há como correr, sempre você se defrontará com a lembrança.

Estou vivo, sem rumo, sem muita vontade de continuar. Vamos lá, vivendo cada dia por vez, lutando essa árdua batalha, mesmo que ainda sem um objetivo concreto. Tentando remontar a vida com uma base sólida e não cometendo as mesmas falhas.

Sabe, as vezes é como se fosse o Charlie Brown. Sempre que algo parece que vai engrenar, dá erro 404.